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quinta-feira, 15 de março de 2012

MPF investiga o prefeito de Quixabeira por suposto superfaturamento e irregularidades em contratos

Quixabeira: MPF investiga prefeito por suposto superfaturamento e irregularidades em contratos
O Ministério Público Federal da Bahia (MPF-BA) instaurou dois procedimentos administrativos para investigar o prefeito de Quixabeira, município do centro-norte baiano, Eliezer Costa de Oliveira (PT), por suspeita de irregularidades em contratos e superfaturamento. Os documentos, assinados pela procuradora da República em Campo Formoso, Gabriela Barbosa Peixoto, têm o objetivo de apurar "irregularidades na contratação da empresa Clésio Lopes de Araújo ME (...) e suposto superfaturamento dos serviços prestados, envolvendo recursos da educação, bem como irregularidades na contratação da empresa JJS Locadora de Veículos Ltda, temdo por objeto prestar serviços na área de saúde e infraestrutura" e "supostas irregularidades na celebração do Termo de Parceria com a Organização Não-Governamental Instituto Ressocializar (Isso), tendo por objetivo a contratação de pessoal para prestação dos serviços de saúde e de educação". Os inquéritos foram iniciados após representação assinada pelos vereadores peemedebistas Aécio Santos Almeida e Edelvan Matos, e pelos presidentes do PMDB e PSC municipais, Antonio dos Santos Souza e Alcivan Pereira de Souza. 
 

Dois procedimentos administrativos foram abertos para investigar Eliezer

 
No documento enviado à procuradoria, os oposicionistas pedem que seja investigada a contratação da ONG Instituto Socializar (Isso), por dispensa de licitação, em 15 de setembro de 2010. O convênio com a entidade com previa a execução dos programas "Saúde Bem Estar", por um R$ 1,1 milhão, por meio da Secretaria de Educação do Município; "Educar", por R$ 381 mil, em apoio à pasta de Educação; e "Social em Ação", a R$ 113 mil, para ações da Assistência Social. Segundo a denúncia, além de ter "frustrado o procedimento licitatório devido ao fato mais que estarrecedor, que são os valores pagos (...), é do conhecimento notório de todos os cidadãos quixabeirenses que no município, na época dos pagamentos e período compreendido, não houve médico atendendo em nossos postos de saúde, pois os PSFs [postos do Programa de Saúde da Família] estão todos sem médicos e quando tem os mesmos atendem uma vez por semana". 
 

Denúncia foi feita pela oposição
 
A segunda denúncia pede também a investigação de Clésio Lopes de Araújo, que teria trabalhado como tesoureiro de campanha do prefeito Eliezer, em 2008. De acordo com a representação, após as eleições, ele teria aberto uma empresa chamada "Clésio Lopes de Araújo ME (Vialops)" que foi vencedora de uma licitação cujo "valor não teve divulgação e publicação" com contrato superior a R$ 600 mil por ano, "descumprindo o que determina o artigo 31, inciso I da Lei 8.666/93, que rege o prazo de um ano para uma empresa participar de certame licitatório e firmar contrato com empresas públicas". Em 2010, a mesma empresa teria vencido outra licitação no valor de R$ 864 mil por ano. Em anexo, os acusadores dizem que, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o número de alunos da prefeitura tem diminuído e, mesmo assim, os custos de contrato com transporte escolar quase duplicaram. Eles também argumentam que Clésio teria multiplicado o seu patrimônio após a eleição de Eliésio. Por fim, dizem que o gestor teria feito dois contratos com a empresa "JJS Locadora de Veículos", nos valores de R$ 190 mil e R$ 334 mil, mas, segundo eles, "de forma alguma" trabalhou no município. O Bahia Notícias tentou entrar em contato com a prefeitura de Quixabeira, na noite desta terça-feira (13), mas não obteve resposta.
Por: José Marques 

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